Um dos principais pontos defendidos na XYZ é o descolamento de datas tão precisas sobre aos anos de cada geração. Identificar os grupos geracionais por coortes de forma abrupta. Esse é um ponto que além de não ter muita lógica pela própria experiência social para o jovem pode ainda provocar um segundo problema: a falta de identificação geracional. Não há uma chave de virada tão repentina e nem todo mundo está no mesmo balaio.
Consideramos que, aqueles que nasceram nos últimos ou primeiros anos de uma mudança geracional podem ter influências que não necessariamente respondam à geração com que “deveriam” se identificar. São diversos fatores que classificam uma geração e suas experiências sociais, culturais e históricas fazem parte dessa análise. Por isso, o indivíduo que nasce nesse período de transição geracional pode se considerar pertencente às duas gerações ou àquela que preferir, de maneira simples.
Então, o que se propõe com a metodologia aqui é sempre um cruzamento qualitativo e quantitativo, para identificar que, muito mais do que números, há detalhes que apenas a sensibilidade humana é capaz de capturar, ou seja: não há algoritmo para isso. Por outro lado, podemos aproveitar ao máximo das recorrências dos dados para realizar tal atravessamento metodológico e entregar respostas mais confiáveis e profundas.
Além disso, respeitamos fatores fundamentais no momento da pesquisa de campo para entender se há aspectos dentro daquela geração que devemos ponderar no momento de montar questionários, gerar confiança em entrevistas e realizar uma proposta que abra caminhos para respostas verdadeiras.
Para pesquisas de números ainda maiores, podemos considerar também questões do Censo do Brasil de maneira estatística. Por fim, é compreensível que a pesquisa receba mais dados ao longo de sua necessidade e pela particularidade, de acordo com a customização de cada projeto.
Referência:
CRUZ, Elena. A Nova Velha Juventude: Modernidade, Mudança Social e Questões Geracionais nas Representações dos Millennials. 2018. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Comunicação do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio, Rio de Janeiro, 2018.
